Sandro William Junqueira nasceu em Umtali, na Rodésia, actual República do Zimbabué, há 36 anos. Em 1976, voltou para Portugal. Passa pelas Caldas da Rainha, Setúbal e Lisboa. Em 1986, vem viver para Portimão. Trabalha como designer gráfico, actor, encenador, professor de teatro e escritor. Em 1999, fundou o grupo de teatro “A GAVETA”, onde trabalhou como actor, encenador e responsável artístico. A partir de 2002, publicou com regularidade poesia e contos em revistas. Editou dois livros, "É preciso este silêncio", pela editora Amores Perfeitos e “O Caderno do Algoz”, pela Editora Caminho.
Aires Ramos nasceu há 49 anos, em Leça da Palmeira. Considera que “quase” já viveu por todo o mundo. É músico, compositor e professor de música. Formou-se na Escola de Jazz do Porto, onde também leccionou durante sete anos. Fez parte integrante de projectos musicais com Pedro Abrunhosa e Rita Ribeiro e de projectos teatrais com o grupo de teatro “A GAVETA”.
Em 2007, ambos iniciam um trabalho regular em escolas e bibliotecas com a criação e interpretação de diversos ateliês e espectáculos vocacionados para a promoção do livro e da leitura.
Entre Vistas - Quando é que decidiram tornar-se actores?
Entre Vistas - Como é que nasceu o projecto “Livro Que Ladra Não Morde”? E quando?
Sandro – Este projecto nasceu a partir de um convite que me foi feito para fazer um espectáculo, que tivesse como objectivo a promoção do livro e da leitura, dirigido para as escolas e bibliotecas e integrasse o Plano Nacional de Leitura. Juntei-me com o Aires, numa cave, durante uma semana, levei uns textos, o Aires levou a guitarra, e a partir daí, nasceu este espectáculo a que vocês assistiram.
Entre Vistas - Porque escolheram o nome “Livro Que Ladra Não Morde”?
Sandro – Porque é engraçado. Queríamos desmistificar aquela ideia de que os livros são coisas chatas e aborrecidas. Alguns são! Mas, a maioria dos livros não o são. A nossa ideia era de brincar com os livros e com a ideia de que livro que ladra não morde.
Entre Vistas - Para que público costumam actuar?
Sandro - Para vocês… geralmente para alunos do 2º ciclo. Temos outros projectos para pessoas mais velhas, alunos do secundário. Mas, este aqui é direccionado para alunos do 2º ciclo.
Entre Vistas - Onde vão buscar a inspiração para o vosso trabalho?
Aires - Não sabemos bem! É uma coisa que acontece naquele momento.
Entre Vistas - O que é que geralmente pode correr mal numa peça?

Entre Vistas - Qual é a sensação de estar a actuar em frente a um público?
Sandro – Em primeiro lugar, medo!
Aires - Responsabilidade!
Sandro – … e depois, temos de nos divertir e de oferecer algo ao público.
Entre Vistas - Como é ser actor e músico em Portugal?
Aires – É muito difícil!
Sandro – É difícil! Não é fácil! Tem que se trabalhar muito. Mas é muito recompensador ser actor.
Entre Vistas - Qual é o vosso grande sonho?
Aires – É viver muitos anos!
Sandro – O meu também! É viver muitos anos, e se puder continuar a fazer aquilo que eu mais gosto… era óptimo.
Sandro Junqueira e Aires Ramos ao Raio X
Sandro – O brinquedo que mais me marcou foi um comboio eléctrico.
Aires – Já não me lembro…
Entre Vistas - Prato de comida favorito?
Sandro – Eu adora massa, esparguete, lasanha… tudo o que tenha massas.
Aires – Arroz com feijão e jaquinzinhos.
Aires – Arroz com feijão e jaquinzinhos.
Sandro – Eu gosto muito de Lisboa. Mas agora, onde, eu gostaria de viver, era em Berlim. A cidade que eu acho mesmo fantástica para viver, tirando o calor, é Sevilha.
Aires – Desde que seja perto do mar, qualquer uma serve.
Entre Vistas - Livro que mais gostaram de ler?
Sandro – São tantos livros… Mas, vou escolher o poema “A Tabacaria” de Álvaro de Campos.
Entre Vistas - Músico preferido? -
Aires – Francisco Tarrega.
Entrevista conduzida por Gonçalo Alexandre, João Carvalho e Lara Reigado
Guião da entrevista - produção colectiva 5.º B (2010/11)
Sem comentários:
Enviar um comentário